A mudança de grandes instituições financeiras para as avenidas do bairro de Brickell em Miami nos últimos 2 anos já é tão grande que a região já recebeu o apelido de Wall Street South.
Uma das mudanças mais importantes aconteceu em junho deste ano. O bilionário Ken Griffin transferiu sua multinacional de fundos hedge e serviços financeiros que gera mais de US$ 51 bilhões em ativos, a Citadel, de Chicago para Miami.
Outros grandes gestores, como a Icahn Enterprises e a Elliott Management de dezenas de bilhões de dólares deixaram Nova York depois do início da pandemia de Covid-19 em 2020 em direção à Flórida. Juntando-se a eles está uma lista de empresas que têm realizado grandes investimentos em Miami, como Goldman Sachs e Blackstone, além de instituições brasileiras como o Bradesco e o Itaú.
O motivo principal desta mudança é que a Flórida, diferente de quase todos os estados nos EUA incluindo Nova York e Califórnia, não tem um imposto de renda estadual.
O segundo motivo está na política muito mais branda de enfrentamento à Covid-19 do estado, em que seu governador chegou a chamar a obrigatoriedade de uso de máscaras de “insanidade” e “teatro”.
Em terceiro lugar, está o crescimento populacional do estado desde o começo da pandemia, que acontece em parte por essa mesma política mais branda contra a Covid-19, e pela possibilidade de morar em regiões mais tranquilas com um clima mais agradável através do trabalho remoto.
A Flórida já possui três das regiões metropolitanas que mais cresceram nos EUA em 2021. O estado recebeu 211 mil novos moradores entre julho de 2020 e julho de 2021.
O crescimento foi notado também nas operações de empresas brasileiras como o Bradesco por exemplo, que dobrou suas atividades na cidade em um ano, comprando participação na plataforma de carteiras de investimento chamada BCP, a OneBlinc de empréstimos para funcionários públicos, além de um banco, o BAC Florida. Outro exemplo é o Itaú, que fez grandes investimentos em Miami, onde também comprou a corretora de investimentos Avenue.
Estas mudanças e o crescimento acelerados também tem seus pontos negativos. A CoreLogic, que analisa informações do setor imobiliário aponta que Miami é a cidade com a maior inflação no aluguel de casas dos EUA, com alta de 40,8% entre abril de 2021 e abril de 2022.
Em segundo lugar está Orlando com 25,8%. Em comparação, Nova York teve 8,4% de aumento nos aluguéis no mesmo período.
Interessado em investir em um imóvel novo em Miami? Conheça os melhores lançamentos em nosso website: faccinmiami.com
